sábado, 22 de março de 2014

VIVR3

Cash burn, o turn-around está vindo lentamente, problemas de liquidez no curto prazo (se não tiver encaixes, vai ter problemas para despesa financeira).... Mas é aposta, não recomendo ninguém a comprar ou não comprar, ou nenhum dos dois. Time will tell.

Alguns dados financeiros :)

Dívida bruta: 1076,60 M
Despesa Financeira 140,97 M
Juros sobre capital próprio 0
Despesa Financeira menos JCP 140,97 M
Kd 13,09%
Beta 0,64
Ke 12,20%
PL (valor de mercado) 63,71
WACC: 8,84

fonte: ITR 30/09/2013 - www.comdinheiro.com

Agora o mais interessante é analisar o float da empresa, em outras palavras, que está com as ações dela. (valendo-se da regra que acima de 5% qualquer investidor fica obrigado a informar a CVM e empresa investida de sua posição).

Palladin Real Estate 39,96%
Polo Capital Gestão de Recursos 11,93%
Orbe Investimentos 8,07%
Credit Suisse Hedging Griffo 5% (Fundo Verde)
Constellation Asset Management 4,74% (a asset tem sua origem no banco garantia)

A empresa tem alguns triggers de curto prazo, segue guidance para a empresa em comunicado ao mercado:

  • Redução das despesas gerais e administrativas em mais de 50% (aproximadamente R$ 50 milhões ano), quando comparado o terceiro trimestre de 2013 (3T13) anualizado versus o ano de 2012;
  • Conclusão da venda do complexo de terreno denominado Lagoa dos Ingleses e outras transações já divulgadas e consequente redução expressiva de sua dívida corporativa em mais de R$ 200 milhões;
  • Contratação de financiamento imobiliário suplementar para conclusão das obras em construção do seu portfólio;
  • Reestruturação da Debênture com FI-FGTS, garantindo funding aos projetos e adequando sua amortização ao cronograma de entrega dos mesmos;
  • Repactuação de CRI de aproximadamente R$ 80 milhões;
  • Realização de uma nova rodada de sobras da Debênture Conversível, atualmente em andamento;
  • Processo de diligência para conclusão da venda dos terrenos localizados no Km 18,5 da Rodovia Raposo Tavares, conhecido como "Raposão", em andamento.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Sócio de mais 3 empresas

Eu não fico em frente ao computador, então deixo minhas ordens VAC (valido até cancelar) para alguns ativos que já selecionei, a um preço e quantidade.

Hoje constatei que foram executadas as três ordens, na verdade uma foi no começo da semana.

Entrando para a carteira:
VIVR3
TERI3
GPIV33

-
não estou doido, sei dos riscos associados a estas empresas, porém a relação risco/retorno pareceu interessante.

VIVR3 - R$0,17
vem enfrentado dificuldades no mercado pois alavancou-se, atrasou e frustrou o guidance. Ação altamente especulativa, inclusive pode ser considerada uma penny stock (Lobo de Wallstreet? Boiler Room?), enfim é uma aposta, acreditando que o atual ciclo de obras não sofra mais atrasos (além dos 6 meses contratuais), o mercado imobiliário não sofra uma crise e que ela consiga honrar suas dívidas. O preço por valor patrimonial (P/VP ou P/Book) está em 0,148x, ou seja, se ela pudesse alienar todos os bens em tese a ação poderia valorizar mais de 6 vezes.

TERI3 - R$1,70
Tereos Internacional
Vem aumentando sua base de ativos desde 2010, setor complicado, margem apertada, atualmente tenho um P/L projetado de 8x para o fim do ano.
O trigger seria o aumento do preço da gasolina que iria permitir o ganho de margens do setor novamente.
A empresa produz derivados de cana e também bioenergia.

GPIV33 - R$3,50
Sempre uma incógnita!
Adquiri pensando em um desinvestimento no longo prazo, a GP costuma retornar bons dividendos mas somente quando efetua a venda de seus ativos (participação em outras empresas).
O que temos aqui é complicado pois a rentabilidade da venda dessas participações retornam aos investidores dos fundos de participação, apenas um pouco retorna como ganho de capital (caixa) para a gestora que distribui aos cotistas (eu!).

quinta-feira, 20 de março de 2014

Yellen yellen

Em seu primeiro pronunciamento a frente do FED, Yellen foi enfática, a mudança vai ocorrer.

O corte em US$10bi do QE já era esperado, passando para US55bi mensais, mas a mudança foi que os juros vão subir mais do que o mercado esperava após o fim do programa de estímulo, a estimativa agora é 1% no fim de 2015.

A perspectiva para a economia americana:
Inflação em tendência de alta, alvo de 2% a.a., atualmente em 1% a.a.
Crescimento do PIB para os próximos anos em torno de 3%.
Desemprego em tendência de baixa, projetando 5,5% nos próximo 3 anos.

O interessante é que se os treasuries notes aumenta a taxa, baliza todo o mercado de capitais já que no modelo CAPM, a taxa livre de mercado é justamente os T-bonds.
Se os investidores ficarem com medo de volatilidade, então temos uma fuga de capital para lugar mais seguro, nisso se inclui o DJI e o IBOV.

Dentre as opções do governo brasileiro, a única ferramenta que pode alterar é a Selic, pois política fiscal e cambial são políticas eleitoreiras, cabendo somente ao COPOM recorrer a Selic como forma de equilibrar a política econômica.
O governo vem se antecipando a este aumento dos juros no exterior oferecendo um maior prêmio, bem como visto no endividamento das empresas, por exemplo a recente captação da Petrobrás, pagando caro pela dívida.

Cenas do próximo capítulo...

quarta-feira, 12 de março de 2014

Mais uma ação entrando no portfolio...

Realizei a compra hoje de SNSL3, uma empresa de tecnologia em software, cujos pares são Totvs e Linx.

Empresa de pequeníssimo porte, uma microcap, aprox. R$ 100M.

Apesar do discount rate por ser pequena e quase sem liquidez, o preço está interessante.

Infelizmente já amargo um prejuízo não-realizado já que comprei a R$8,90 e ação encerrou o dia a R$8,42, ou seja, -5,4%.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Rentabilidade Fevereiro 2014

Mês fraco, difícil de tomar qualquer decisão. O ano começa agora!

Continuo muito líquido aguardando uma melhor definição do mercado.

Os EUA estão vendendo uma grande expectativa, a economia parece uma engrenagem em primeira marcha, girando e girando lentamente. A diferença é que os EUA tem grande alavancagem operacional, a hora que o consumo aquecer, a oferta estará pronta pra atender. Alguns acreditam que isto já está precificado, outros não.

Buffet em sua carta aos acionistas, na semana passada, remete justamente ao pensamento positivo quanto a recuperação da economia americana, não sei se é patriotismo demasiado mas disse estar apostando na recuperação americana desde 1947, claro escolhendo as empresas certas (conceito alpha). E quem diria, J.P. Lehmann estampado na capa, devido ao seu grande sucesso em management de empresas que investem juntos.
Lehmann que já era conhecido por ser rico, por constar no ranking da Forbes, exibe uma virtude melhor, competência e gestão. A arte do sonho grande, ganha um poderoso aliado (Buffet) que promete ser uma parceria com um imenso legado. Heinz e BK são só um começo.

Por falar em Forbes a lista consta de 65 brasileiros com patrimônio de 9 dígitos, as novidades são que Eike ficou de fora (chegou ocupar a posição de primeiro lugar) e o bispo Edir Macedo entrar com recurso para a retirada de seu nome da lista, com um patrimônio estimado de R$2,2bi.

Esotu líquido porém de olho e pronto para agir, tenho várias ordens penduradas (ou como dizem no jargão, ordem na pedra).

Uso como referência o P/E de 6x, 0,5x sales, 7-8x EBITDA para empresas value, também microcaps (as vezes um desconto de 20% é normal por causa da iliquidez).

Tenho procurado também empresas turn-around, ou seja, indicadores fracos porém possibilidade de mudança (através do cenário externo ou então management), por exemplo BPHA3, ENEV3, LCAM3, ROMI3, TERI3, UCAS3, claro que entrar aqui é território arriscado, por isso é importante um bom controle de risco, diversificação e longo-prazo.
Empresas amigas do rei em um futuro que sabe: CSAN3 (ALLL3), JBSS3, PETR4.
Mas o mercado não está fácil, por enquanto certo mesmo são as que tem boa receita em dólar (EMBR3, TUPY3, VALE5, WEGE3, etc).

Acredito que após a eleição o dólar vai flutuar de fato, a escassez de dólar (tappering) vai contribuir e não há Copa do Mundo que irá suprir a demanda, vamos ver o dólar passar dos R$2,50. Com isso vamos ter um fluxo de capital grande para cá, então será hora de abrir o hedge e ficar 100% LONG.

Explico, o investidor externo consegue visualizar que a Bolsa está barata, comprar banana a um dólar (R$2,30) e esperar uma valorização de 20%, então vender a R$2,76 é um bom negócio, o investidor embolsa US$1,20 paga os 20% de IR (as vezes nada) e tchau.
Porém se o dólar for a R$2,70 (o governo diminuindo a oferta de leilões swap) o que era 20% de lucro, será 2,22%.

O dólar está controlado neste patamar por questões políticas, para segurar a inflação, principal crítica da oposição ao governo e empresários (não conseguem repassar o aumento do custos além da incerteza geral).

O governo vem se antecipando a elevação de juros que está lentamente ocorrendo no mercado externo ao subir a SELIC também, de quebra ainda reforça o controle da inflação.

A janela de fim de ano vai ser a oportunidade (timming) de ouro para o governo fazer os ajustes já que vai ganhar as eleições, dólar subindo (tapinha nas costas para exportadores), inflação vai ter um pico (mas as eleições já estão ganhas), combustíveis reajustando (petrobrás respirando) e então mais do mesmo por mais quatro anos.

Os números de Fevereiro:
CARD3 -16,67% considerando preço de fechamento de R$2,25 em 28/02.
Índice Futuro -0,07% (hedge)

Média ponderada retorno da carteira em Fevereiro: -0,72%
Ibov no período: -1,16%

Rentabilidade da carteira acumulada no ano: 3,62%
Ibov no período: -8,57%