quinta-feira, 6 de março de 2014

Rentabilidade Fevereiro 2014

Mês fraco, difícil de tomar qualquer decisão. O ano começa agora!

Continuo muito líquido aguardando uma melhor definição do mercado.

Os EUA estão vendendo uma grande expectativa, a economia parece uma engrenagem em primeira marcha, girando e girando lentamente. A diferença é que os EUA tem grande alavancagem operacional, a hora que o consumo aquecer, a oferta estará pronta pra atender. Alguns acreditam que isto já está precificado, outros não.

Buffet em sua carta aos acionistas, na semana passada, remete justamente ao pensamento positivo quanto a recuperação da economia americana, não sei se é patriotismo demasiado mas disse estar apostando na recuperação americana desde 1947, claro escolhendo as empresas certas (conceito alpha). E quem diria, J.P. Lehmann estampado na capa, devido ao seu grande sucesso em management de empresas que investem juntos.
Lehmann que já era conhecido por ser rico, por constar no ranking da Forbes, exibe uma virtude melhor, competência e gestão. A arte do sonho grande, ganha um poderoso aliado (Buffet) que promete ser uma parceria com um imenso legado. Heinz e BK são só um começo.

Por falar em Forbes a lista consta de 65 brasileiros com patrimônio de 9 dígitos, as novidades são que Eike ficou de fora (chegou ocupar a posição de primeiro lugar) e o bispo Edir Macedo entrar com recurso para a retirada de seu nome da lista, com um patrimônio estimado de R$2,2bi.

Esotu líquido porém de olho e pronto para agir, tenho várias ordens penduradas (ou como dizem no jargão, ordem na pedra).

Uso como referência o P/E de 6x, 0,5x sales, 7-8x EBITDA para empresas value, também microcaps (as vezes um desconto de 20% é normal por causa da iliquidez).

Tenho procurado também empresas turn-around, ou seja, indicadores fracos porém possibilidade de mudança (através do cenário externo ou então management), por exemplo BPHA3, ENEV3, LCAM3, ROMI3, TERI3, UCAS3, claro que entrar aqui é território arriscado, por isso é importante um bom controle de risco, diversificação e longo-prazo.
Empresas amigas do rei em um futuro que sabe: CSAN3 (ALLL3), JBSS3, PETR4.
Mas o mercado não está fácil, por enquanto certo mesmo são as que tem boa receita em dólar (EMBR3, TUPY3, VALE5, WEGE3, etc).

Acredito que após a eleição o dólar vai flutuar de fato, a escassez de dólar (tappering) vai contribuir e não há Copa do Mundo que irá suprir a demanda, vamos ver o dólar passar dos R$2,50. Com isso vamos ter um fluxo de capital grande para cá, então será hora de abrir o hedge e ficar 100% LONG.

Explico, o investidor externo consegue visualizar que a Bolsa está barata, comprar banana a um dólar (R$2,30) e esperar uma valorização de 20%, então vender a R$2,76 é um bom negócio, o investidor embolsa US$1,20 paga os 20% de IR (as vezes nada) e tchau.
Porém se o dólar for a R$2,70 (o governo diminuindo a oferta de leilões swap) o que era 20% de lucro, será 2,22%.

O dólar está controlado neste patamar por questões políticas, para segurar a inflação, principal crítica da oposição ao governo e empresários (não conseguem repassar o aumento do custos além da incerteza geral).

O governo vem se antecipando a elevação de juros que está lentamente ocorrendo no mercado externo ao subir a SELIC também, de quebra ainda reforça o controle da inflação.

A janela de fim de ano vai ser a oportunidade (timming) de ouro para o governo fazer os ajustes já que vai ganhar as eleições, dólar subindo (tapinha nas costas para exportadores), inflação vai ter um pico (mas as eleições já estão ganhas), combustíveis reajustando (petrobrás respirando) e então mais do mesmo por mais quatro anos.

Os números de Fevereiro:
CARD3 -16,67% considerando preço de fechamento de R$2,25 em 28/02.
Índice Futuro -0,07% (hedge)

Média ponderada retorno da carteira em Fevereiro: -0,72%
Ibov no período: -1,16%

Rentabilidade da carteira acumulada no ano: 3,62%
Ibov no período: -8,57%

2 comentários:

  1. Opa estar líquido com essas promoções todas, bom demais. BUY MODE ON!

    Drink coke!

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  2. Pois é Coke, dei uma atualizada no post.

    O preço está atrativo, porém se houver uma redução de crédito e consumo como alguns estão anunciando, os múltiplos não estarão tão atrativos.

    O conceito de preço é interessante porém observo também a margem de segurança, com os balanços vai dar para ter uma boa ideia.

    Abs.

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