quarta-feira, 9 de abril de 2014

FED, Inflação, Ibov, Dólar

Minutas:

O FED chega em um consenso que que o juros vão permanecer baixos por mais um tempo.
Stuhlberger cria nova gestora com o CSHG.
IBOV, descolado do exterior, doidão!
Dólar estável...

i) O FED divulgou agora pouco a ata da reunião realizada dias 18 e 19 de Março. Aqueles que esperavam um choque se frustram, Yellen mostra que vai fazer o mais lentamente possível, que mesmo indicadores como taxa de desemprego já não são tão balizadoras das tomadas de decisão.
Mais do mesmo, crédito na praça, inflacionar os ativos reais (ações e commodities principalmente).
Isso é bom para os índices lá fora e aqui por tabela, ainda torna os nossos títulos públicos altamente atrativos, o que colabora com o dólar baixo.

ii) Verde Asset Management, ta aí um fundo que vale a pena entrar se realmente abrirem para novos cotistas. O interessante é que ele adota políticas macro, lembrando um pouco de George Soros, que investe mais por classe de ativos, do que em empresas. O problema de Stuhlberger ultimamente foi ter um PL enorme, bom gerador de taxa de administração porém com dificuldades para investir pois não há quase nada de interessante por aqui, aí não tem performance e viver de track-record passado não dura muito.

Empresas realizando OPA, tamanho da bolsa encolhendo, 5 milhões de CPFs e o Pelé não deram certo...
Quem sabe o governo não adota a BMFBovespa como um veículo para alavancar a infraestrutura do país?

iii) Mercado em queda, talvez a euforia das estatais agora cai no fato.
Eu acredito em um short-squeeze das ações de estatais, pessoas que estavam vendidas nelas e agora correram para comprar, provocando esse pico. Como elas pesam muito no IBOV, principalmente Petr, temos esse vai e vem (volatilidade) no índice.

Interessante o gráfico abaixo publicado pelo economista André Rocha em:
http://estrategista.net/o-pico-e-o-vale-da-bolsa-ajustados-pela-inflacao/

Descontada a inflação nosso índice não é lá essas coisas. O que dizer do lucro das empresas, será que descontando a inflação tivémos um crescimento real bom?










Tudo indica que devemos ter um bom retorno nesta classe de ativos. Vc investiria na empresa PDVSA, estatal de petróleo da Venezuela, monopólio garantido, uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
Ou então da Federal Grid Company of Unified Energy System, empresa russa detentora da maior rede elétrica de transmissão do país. Tendo o principal acionista em ambas o governo federal. Management inteiro composto por pessoas de ideologia política, pouca experiência de mercado privado e sem formação adequada. Empresas altamente endividadas, inclusive captam dívida para distribuir como dividendo (já que o governo é o principal acionista, é bom pq aumenta o superávit primário e quem fica com a outra ponta é a empresa), na prática é o governo fazendo um empréstimo tendo a empresa como intermediária.

iv) Dólar segue estável, tivemos um grande fluxo de capital, na bolsa, em títulos.
O governo (BC) continua com a política de queimar os dólares através dos leilões reversos, o swap cambial. O interessante é quanto mais cair a moeda, o BC aufere lucro! O outro benefício é a queda da inflação, a cada 20 centavos no dólar é 0,5% do IPCA, de maneira grosseira. Além de permitir investimento em bens de capital, endividamento em dólar das empresas e preços de commodities (petróleo, etc).
O malefício é que fica cada vez mais descompetitivo para as exportações, pois usam o dólar como alavancagem operacional, já que são penalizados com impostos e custo brasil (burocracia, logística, roubos, etc).
Dólar vai ser minha aposta até o fim do ano, acredito que passado o momento de euforia da vitória do Brasil com a Copa do Mundo, vamos ter momentos de tensão e aí renda fixa e dólar são seus amigos.

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