quinta-feira, 3 de abril de 2014

Quanto pior, melhor!

Interessante o nosso cenário atual, o mercado vem precificando de modo positivo toda notícia ruim.

Estamos mal?
Não necessariamente. Abaixo uma tabela reproduzida do jornal Valor, publicada em 06/02/2014 na coluna de Delfim Neto a respeito dos 5 frágeis após pronunciamento do FED.










O que temos é que os fundamentos não estão mal per se, mas justamente o mercado precifica o futuro. O presente e passado, a fotografia do agora interessa menos do que o filme que há de vir!

O mercado procura um ponto de inflexão e precifica, nisto temos as altas expressivas.
A procura do ponto é justamente a volta da credibilidade.

Nisto especula-se:

  • a piora de Dilma nas pesquisas eleitorais ocasionando a volta de Lula e os agentes pró-mercado (Meirelles, Palocci, Schwartsman);
  • a piora severa dos fundamentos do tripé da economia: câmbio flutuante, controle de inflação e meta fiscal (superávit primário); resultando em políticas heterodoxas e abandono da política de nova matriz macroeconômica (Dilma, Mantega e Holland);
  • crise de estatais proporcionando mais transparência e governabilidade, diminuindo interferência estatal.
Antigamente quando juros subiam, a bolsa caia, pois é uma relação de risco/retorno, logo os gestores tinham que rebalançar suas carteiras e transferir mais recursos para a renda fixa.

Também no passado, rebaixamento no rating brasileiro pelass agências de risco significava bolsa caindo, o país acaba de ser menos confiável, ou no modelo CAPM esse risco acaba de ser embutido na precificação e logo o ativo se torna de maior risco ou terá menor retorno.

O que parece é que está nas mãos do governo uma sinalização de boa fé e reconhecimento de falhas para que o mercado traga o dinheiro para investimento, e não o carry-trade.

Tá caro, tá barato? Está em um preço aceitável agora, mas e se piorar no futuro? Até quando os gringos vão continuar trazendo recursos e comprando a ideia de que o Ibov ainda é um porto seguro.

fonte: Jornal Valor - 03/04/2014


fonte: blog do André Rocha - http://estrategista.net/apos-a-alta-recente-a-bolsa-esta-cara/




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